Acho que eu não tenho nada pra dizer. “Acho que eu não tenho nada pra dizer”, é uma péssima maneira de começar o texto. Mas tudo bem. Engraçado como me condeno e me perdoou, com o aval que a metalinguagem me dá. Mais engraçado mesmo é como, metalinguisticamente, analiso essa metalinguagem agora. E toda vez que escrevo a palavra “agora”. Como um túnel sem fim, que vai se esvaindo de sentido. Agora. Agora. Agora. Agora. Agora. Agora. Agora. Agora. Agora. Agora. Agora. Agora. Agora. Agora. Agora. Agora. Agora. Agora. Agora. Agora. Agora. Agora. Agora. Agora. Agora. Agora. Agora. Agora. Agora. Agora. Agora. Agora. Agora. Agora. Que me leva ao lugar de onde comecei. Que me mostra que não há porque isso ser engraçado. Mostra-me que não tenho nada pra dizer.
Beto Leite
inspirado em “Raimundo Andrade”
Um comentário:
Vish!
Gostei por demais!
Metalinguagem é o que há!
rsrs.
Arthur
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