Vinho e água ardente correndo no sangue. Maconha nos pulmões. Meu pau demorou a subir. Briguei com o sono. Ganhei. Agora levanta. Levantou. Precisou da boquinha dela, é claro, mas agora está ai, grosso, ereto e escaldante.
A tarde, como de costume, foi um tédio. Na TV, novela, merda. No rádio, MPB, merda. Na estante, Dan Brow, merda. Porra! Cadê meu futuro?
Bem ali, na gaveta secreta. Era lá que eu guardava meu consolo. Com os mais discretos dos movimentos, eu atravessei a sala, o quarto da vovó, e cheguei ao banheiro social. Abro o embrulho, e Pah! Mais como cheira! A ervinha da solta ainda estava meio verdinha. Poderia ser que não queimasse, mas pra faculdade sem pelo menos um beck é que eu não iria. Fiz três. O último, como de praxe, era só o farelo. Deu pra um fininho.
A camisa não podia ser outra, a de ontem. Manchada, amarrotada, fedida. A bermuda, a que estava vestindo. A cueca, nem me lembre. Olhei no espelho. É, está bom. Poderia ser melhor, mas virando a cabeça eu vi que todas as minhas roupas estavam sujas e jogadas em baixo da cama. Sobre elas, o Kabrito, meu vira-lata pulguento mais fedido que eu.
A aula fluía que era uma beleza. Todos participavam. O pré-histórico – como era conhecido o professor – sorria pela primeira vez. Foi a melhor aula. Pelo menos foi o que me contaram. Um pouco distante dali, num outro setor de aulas, eu dava as primeiras calibradas no fígado.
Hoje é dia de festa na universidade. Toda sexta é assim. Algum setor tem a iniciativa de montar um palco e trazer umas bandas. Hoje é a vez do setor de biológicas. O palco está lá. A galera começa a chegar. Os ambulantes começam a vender suas bebidas. Eu estou por ai. Copo de plástico e pitu na mão. A latinha de água ardente já ia pela metade. Cadê essa minha galera que não chega?
A minha galera sempre me surpreende. As garotas abriram as bolsas e tiraram os vinhos. É... eu precisava disso.
O bom de ser universitário público é se livrar dos pais. Os velhos se desprendem um pouco do filho. E o melhor de estar numa universidade pública é encontrar lugar pra fumar seu beck sempre que precisar. Mas esta noite tava difícil. Para onde a gente olhava, uma rodinha de amigos já ocupavam o lugar com um charuto passando de mão em mão. Estava foda! No banheiro não rolava porque o fedor do mijo morgava qualquer um. Porra!
Fumamos na frente do palco. Parecia legal. Pura enganação. Começou a surgir os pedintes. Eles começam pedindo seda, isqueiro, depois estão na roda. Foda isso. Meus becks se foram como fumaça. Ainda por cima, levaram meu isqueiro. Boca seca do caralho! Mandei abrir o quinto vinho da noite. Bebi como água.
Era minha vez de pedir. Zanzei pra lá e pra cá e conseguir meter fumaça no pulmão. Agora eu tava no grau. Só a papa.
O rock no ouvido o tempo todo era bom. Aquele som amador de quem engatinha suas primeiras composições agitava minhas moléculas. Eu precisava agir. Pra noite ficar melhor eu precisava daquela devassa – assim são todas as universitárias.
Minha imagem de garoto rebelde, chapado, bêbado, fedido não ajudava. Eu precisava de algo mais. Não podia ser dinheiro. Esse já se fora com as bebidas. Eu precisava de algo que a fizesse reparar em mim.
Gritei.
Gritei o refrão da música que tocava na hora. Ela olhou pra mim com uma cara de nojo que eu jamais esquecerei. Foi amor à primeira vista. Daí pra cama foram cinco minutos. Tempo que ela precisou pra vomitar no meu allstar retrô.
Vinho e água ardente correndo no sangue. Maconha nos pulmões. Meu pau demorou a subir. Briguei com o sono. Ganhei. Agora levanta. Levantou. Precisou da boquinha dela, é claro, mas agora está ai, grosso, ereto e escaldante.
Segurei a devassa pela cintura afilada e a coloquei na posição certa: de quatro. Brinquei um pouco de tira-num-tira, e baixei a calcinha com tudo. Num ato repentino ela se vira pra mim e diz que é melhor parar porque ainda é virgem. Virgem! 19 anos e virgem! Hum! Abri bem a bunda dela e cuspi no buraquinho anal. “Olha, vamos parar. Num vai rolar não. Pelo menos a gente fica só nos carinhos”, diz com a cara de pau.
Pense num grito. Meti minha pomba com tanta força naquele buraquinho dela que uma lágrima desceu pelo canto do seu olho. Carinho de cu é rola.
Ramon Ribeiro de Souza
Natal, 06 de dezembro de 2007
06/12/2007
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4 comentários:
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Poha, Ramon!
pensando. essa maneira picotada. tipo assim. ratalhada. a doidinha, a parada, a festa . dô mó valor!
Esses caras vão longe...
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